Sento em uma mesa no canto esquerdo de algum bar no centro da cidade, o sol informa que choverá a tarde devido ao calor. Peço uma cerveja, "a de sempre no copo de sempre". Na TV ligada, passa os gols da rodada. Grandes Gols dos novos ídolos do futebol.
Por um instante lembro dos meus antigos ídolos, aqueles que viraram heróis e referência para a minha vida como o Neto, que podia não ter um físico invejável, mas eram um torcedor de coração do mesmo time que eu. Isso foi há muito tempo, eu era uma criança ainda.
Já na adolescência, lembro dos meus ídolos do rock, Kurt Cobain, Max Cavaleira, Donita Sparks... grande adolescência e grandes bandas.
Dou mais um gole na cerveja e lembro do Vinícius de Moraes, quem sabe o meu novo ídolo, esperto, criativo, a cara da Boemia no Brasil. Grande poeta, músico e quem sabe grande pai.....
Neste momento, a cerveja se torna um gosto amargo e duro de descer. Passo a mão no cabelo e vejo no reflexo da garrafa os primeiros cabelos brancos e penso no meu pai. Como pude esquecer o maior ídolo da minha vida. Todos os demais eu praticamente não conhecerei, mas o meu pai sim, este eu conheci e conheço.
A vida passa e passamos a distanciar de pequenos detalhes... aqueles detalhes que guardamos no fundo do bolso na camisa, perto do coração, mas que dificilmente tiramos para dar uma olhada.
Levanto da cadeira e aviso ao garçom que logo voltarei. Ele apenas acessa com um ok a cabeça (acho que sou cliente VIP), paro no orelhão na frente do bar e escorrego uma moeda no aparelho. Toca uma vez, duas vezes e uma voz vem do outro lado e respondo: - Oi pai! O que você está fazendo agora?...
3M
Por um instante lembro dos meus antigos ídolos, aqueles que viraram heróis e referência para a minha vida como o Neto, que podia não ter um físico invejável, mas eram um torcedor de coração do mesmo time que eu. Isso foi há muito tempo, eu era uma criança ainda.
Já na adolescência, lembro dos meus ídolos do rock, Kurt Cobain, Max Cavaleira, Donita Sparks... grande adolescência e grandes bandas.
Dou mais um gole na cerveja e lembro do Vinícius de Moraes, quem sabe o meu novo ídolo, esperto, criativo, a cara da Boemia no Brasil. Grande poeta, músico e quem sabe grande pai.....
Neste momento, a cerveja se torna um gosto amargo e duro de descer. Passo a mão no cabelo e vejo no reflexo da garrafa os primeiros cabelos brancos e penso no meu pai. Como pude esquecer o maior ídolo da minha vida. Todos os demais eu praticamente não conhecerei, mas o meu pai sim, este eu conheci e conheço.
A vida passa e passamos a distanciar de pequenos detalhes... aqueles detalhes que guardamos no fundo do bolso na camisa, perto do coração, mas que dificilmente tiramos para dar uma olhada.
Levanto da cadeira e aviso ao garçom que logo voltarei. Ele apenas acessa com um ok a cabeça (acho que sou cliente VIP), paro no orelhão na frente do bar e escorrego uma moeda no aparelho. Toca uma vez, duas vezes e uma voz vem do outro lado e respondo: - Oi pai! O que você está fazendo agora?...
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