terça-feira, 6 de julho de 2010

Um brinde


Bom, depois de mais um vácuo no universo maldito, comemoro com esta postagem o início de minhas férias. Um período curto de férias, é verdade. Mas acredito que todo momento sem trabalho deve ser comemorado. Então, um brinde às férias.

Aliás, uma boa história/estória para se contar no boteco ao brindar é a da origem do brinde:

Em minha estada na Alemanha ano passado uma das coisas que mais me chamou a atenção, além dos tamanhos das canecas utilizadas para beber a cerveja, foi a espessura de tais canecas. Muito grossas! E me perguntava o porquê daquilo, até que em um bar mais tradicional em Munique eu descobri. Eles cantavam uma música tradicional (Ein Prosit) e, ao fim da música, batiam os canecos com toda a força que podiam, fazendo um estradalhaço imenso e espalhando cerveja para tudo quanto era lado.

Posto isso, vamos à história deste ritual, que iniciou-se há muitos e muitos anos, não me pergunte quantos, mas mais de mil com certeza (mas você pode inventar que foi na idade média ou usar a saída clássica: os gregos inventaram, 90% das coisas foram inventadas por eles mesmo, minimiza-se assim a chance de equívoco). O procedimento em questão tinha o objetivo de demonstrar confiança na pessoa com a qual se está bebendo. Em outros tempos era comum o envenenamento de algum desafeto pela bebida. Assim, batendo os copos com força todas as bebidas se misturam, logo um possível veneno também estaria em todos os copos.

Daí também vem a etiqueta beberônica de que, quando se brinda, deve-se beber. O que modernamente veio dar em expressões como: brindar sem beber, 10 anos sem meter; ou beber sem brindar, 10 anos sem trepar etc.


Saúde! Prosit!


Urubú

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