quinta-feira, 17 de abril de 2008

Crônicas “inrevolucionárias (sic!)” do tempo passando!!!!

Às vezes tenho um estalo e penso se antes era melhor que hoje, acredito após várias discussões entre um ou outro copo de cerveja em bares situados nos bairros paulistanos que ambos podiam ser mesclados criando um lugar próximo ao ideal. Tanto eu com meus 30 anos ou meu companheiro de site de 31 anos não estamos prontos (“ainda!!!!, ufa!!!!”) para idolatrar cegamente a fase brega do Rei Roberto Carlos (conforme a idade vai avançando, o gosto pelas músicas do Rei vai mudando da ótima velha guarda, para a terrível fase pagode/pop/brega”) e velhos demais para sonharmos em ser jogadores de futebol.

Vamos aos fatos,

1º item a ser avaliado: Bares
Hoje a cidade possui uma infinidade de bares prontos para servir os mais diferenciados clientes sedentos por álcool e mordomias. Não me lembro bem como era antigamente, mas sinto que todos eram iguais e com os mesmos nomes: Bar do Alemão, Bar do Luizão, Bar do João (não é jabá, mas vale a pena conferir este bar!!!!), além de todos servirem a mesma cerveja como o mesmo rótulo e o mesmo sabor (acho que era assim nos bares da antiga União Soviética) e os mesmos petiscos. Hoje temos mais de uma infinidade de bares como nomes mais que criativos e às vezes de difícil entendimento. Não que os bares do Alemão, Luizão, e João (olha ele novamente aqui!) tenham desaparecido, mas a modernidade chegou. Outro ponto forte para o descobrimento dos bares nos tempos atuais é que temos trabalho agora, facilitando um pouco o pagamento de uma bebida ou um petisco mais caro. Neste ponto, os bares do tempo atual são melhores mesmo devido à “tecnologia” e o nosso PIB.

2º item a ser avaliado: Baladas
Fomos criados na base de guitarras e mais guitarras, portanto as nossas baladas eram “muitas”: Black Jack, Aeroanta, Retrô e Der Temple (Madame Satã não existia no meu vocabulário na época), é só!!!!!!!!!. Além de ser uma época de muitas emoções, pois fiquem sabendo, não tínhamos carros e usávamos os ônibus para ir. Voltávamos às 5 da manhã quando o transporte iniciava a sua velha rotina.

Hoje, além do carro, temos muitos outros lugares como a Fun House, Outx, Inferno, CB, The Edge (depois de “velho” comecei a dar importância para a música eletrônica, já meu companheiro de site detesta!!!!) e muitos outros lugares que abrem e fecham todos os dias... Neste quesito: a época atual também é muito melhor.

Vejamos o placar: época antiga 0 x 2 época atual.

3º item a ser avaliado: Música: Não começarei o texto escrevendo sobre a época antiga, começarei pela outra ponta. Hoje temos milhares de lojas importando os discos e as rádios tocam quase que ao mesmo tempo os novos hypes dos EUA e da Grã – Bretanha aqui na terra tupiniquim. A internet disponibiliza zilhões de possibilidade de extrair informações sobre música ou propriamente a música (paga ou não, legal ou ilegal). Bem, então já temos o nosso resultado para este item, vitória novamente do tempo atual? NÃO!!!! Pelo menos para mim!!!! Para o meu companheiro, acredito ter a opinião dele (não sei qual é!).

Sinto falta de comprar aquele CD ou aquele LP e escutá-lo até estourar os auto-falantes, pois não existia uma avalanche de informações, eu tinha que dissecar até o último vestígio daquela gravação comprada, tirar cópias em K7 e distribuir aos amigos. Extrair informações das poucas revistas de música, escutar os programas Lado B e Gás Total da MTV ou o programa Clip Trip do Beto Riveira (o 1º clipe do Sepultura eu assisti neste programa! Era assustador o Jesus Cristo crucificado!). Tudo parecia estar ao nosso alcance, nada sairia do controle, teríamos até tempo para escutar os velhos clássicos do rock and roll.

Hoje não consigo lembrar nenhum nome de música dos CDs novos que comprei, ou estou com uma overdose de informação, ou estou ficando velho e com problemas de memória. Mas acredito que o segundo motivo esteja errado, pois consigo me lembrar de vários momentos marcantes de 10 anos atrás com poucos bares, poucas baladas, grandes aventuras e poucos CD’s.

Acredito que o item 3 empatará o jogo, pois tanto na balada como nos bares, nada melhor que reconhecer aquela música que só você conhece. A música está em todos os lugares, até em casamentos, funerais e propagandas políticas.

A minha conclusão é clara, não conseguiria curtir ou ficar maluco sem o passado, presente e futuro.

O lugar ideal não pode ser moldado e resta apenas uma coisa para fazer, me internar numa clínica de reabilitação e me livrar desta overdose de informações.


3M

Um comentário:

O bom e velho Lembo. disse...

Ó os cara, aí...
Vão pro bar e nem convidam poh!

Falaê Fernando! Os tempos mudam, mas certas coisas continuam no mesmo lugar: mulheres, rock´n roll e cerveja!

Abraço!
blog.andrelembo.com.br