segunda-feira, 28 de abril de 2008

Pensamento da semana

"A mulher deve sair para lutar por seus direitos, mas, quando voltar, que traga uma cervejinha gelada."


3M

Pá (Conversa Urbana)

- E aí!?!
- Como é que tá?!?
Pá...
Pá, pá...
- Sumido...
- Você...
- Correria.
- Foi lá?
- Lá?
- É, pô, lá! ...
- Ahhh... fui, mas sei lá...
- O quê?
- Não sei, sei lá, fiquei meio assim...
- Sei, mas vai rolar?
- Não sei, se pá...
- Então tá, chegou.
- É.
- Falou.
- Até.

Pa, pá...


Urubú

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Campanhas eleitorais assinadas como Medidas Provisórias em mesa de Bar

Às vezes tenho um estalo e penso como os grandes líderes do século atual e passado conseguem criar as mais diferentes ideologias. Acredito, após várias discussões entre um ou outro copo de cerveja em bares situados nos bairros paulistanos, que não há como negar o fato... (suspense)... todas as ideologias nasceram ou nascerão em bares.

Vamos aos fatos históricos...

A primeira grande reunião (existiram outras, mas não há registro histórico na comanda de bar) para mudar o mundo começou próximo ao ano de 33 d.c. Em uma noite quente de Jerusalém, um grupo de homens cansados de pregar em vilas e mais vilas, resolveu parar em um boteco para tomar uma cerveja, ops..., um Choppinho de vinho e uma porção de pão. Vale ressaltar que um dos homens conhecido, como JC para os íntimos e para outros como Jesus Cristo, realizou mais um milagre na mesa, misturou o azeite com sal no pão, todos os apóstolos adoram a idéia e depois disso ninguém mais comeu aquele pão sem gosto algum. Esta parte não está escrito na Bíblia normal e sim, na Gourmet’s Bíblia, um livro que conta como foram os últimos jantares de JC antes da crucificação.

Neste jantar, JC depois de algumas dezenas de choppinhos e algumas cantadas bem fracas em Maria Madelena, teve uma grande idéia, fundar o cristianismo e assim conseguir impressionar Maria Madalena. O caso deu certo, JC conseguiu a atenção de Maria Madalena (entre os íntimos Leninha), criou a 1º campanha eleitoral para conseguir o que queria e sem intenção alguma criou uma ideologia. A tacada de JC só não foi maior devido a seu “amigão”, Judas, também ter interesse em catar a Maria Madalena. O resto da história vocês já conhecem.

Segundo fato histórico: Lênin. Os russos estavam cansados de serem enganados pelos países vizinhos que vendiam Vodkas com o mais baixo nível de qualidade. Lênin e seus amigos cansaram de sofrer terríveis enxaquecas com as Vodkas falsificadas. A princípio, eles, jovens e pacíficos russos, resolveram levar a reclamação ao Czar, que nem deu ouvidos aos plebeus, que voltaram para trás de alguma mesa de bar em Vladivoskovic (a mesa cidade do jogo do War) e encheram a cara. Entre um copo e outro Lênin teve uma idéia, criar somente uma Vodka, e depois criar um só carro, uma só nação (incorporando os países que falsificavam a bebida), etc... Nascia ali o SÓ cialismo. Dizem as más bocas, que Lênin queria apenas impressionar uma jovem horrorosa russa, que depois de uma dezena de Vodkas falsificadas virou uma jovem beleza russa.

Assim começou a revolução da URSS, atrás de uma mesa de Bar. A revolução deu tão certo que, anos depois, os admiradores de Lênin na Alemanha construíram um ‘Murro’ que dividia a cidade de Berlin em sua homenagem. Como??? O objetivo do ‘Murro’ era ajudar os cidadãos a aliviarem a “água do joelho” após uma rodada no Bar.

Não há como contestar os fatos históricos, todas as ideologias e revoluções começaram atrás de uma mesa de bar, que por fim criou outra revolução, O CAPITALISMO, pois tanto JC como Lênin tiveram que desembolsar uma boa quantidade de dinheiro para pagar as bebidas e os petiscos e por final enriquecer alguém...

A revolução não é sinônimo de fiado. E pode fechar a minha conta, por favor.

3M

sábado, 19 de abril de 2008

Resposta Anti-saudosista

Dando continuidade as reflexões ‘boêmicas’ de meu amigo 3M, também tive as minhas.

Em primeiro lugar, tenho que deixar claro aqui que sou um saudosista inveterado, portanto em um jogo entre passado e presente, esse último nunca teria chances de vitória. Não, não nego que os avanços tecnológicos trouxeram coisas bem interessantes para a nossa vida cotidiana. Não nego também que muitas dessas novidades da ciência nos propiciam fazer coisas fantásticas , impensáveis há dez anos, como esta publicação online, por exemplo. Mas é essa mesma tecnologia que nos trouxe uma avalanche, ou para usar as palavras do meu parceiro de blog, uma ‘overdose de informações’. Para alguns, essa absurda abundância de informação representa a sua democratização, para outros porém, e como não poderia deixar de ser tendo a concordar com essa corrente, é uma demonstração do quão perdida esta nossa sociedade, atolada num lamaçal de dados onde as pessoas não sabem ao certo o que procurar. Mas não quero fugir ao assunto, então vamos lá.

Realmente temos mais opções de bares hoje, cada vez que saio à rua aqui pela Vila Madalena vejo um novo. Temos acesso a uma infinidade de cervejas importadas, dos mais diversos sabores, texturas e o diabo a quatro, bares temáticos pra cima e pra baixo, bar de futebol, de samba, de rock, sushi bar, bar brechó e sei lá mais o quê. Apesar de tanta especificidade nos temas, não consigo perceber uma identidade nesses lugares. Claro! pois identidade não é algo que se compra ou se faz com uma decoração, identidade se consegue com o tempo. E de todas essas novidades da moda, se espremermos bem, e darmos uma boa coada, não creio que restará muita coisa, muito mais opções do que havia ‘antes’. Afinal de contas o melhor boteco de São Paulo continua sendo o Bar Leo, com sua combinação perfeita entre o primoroso chopp, fabulosamente cremoso, e o inigualável sanduíche Polaco, e acho que 3M concorda. E os melhores lugares para reunir os amigos ainda são os tais bares ‘do Alemão’, ‘do Luizão’, ‘do João’. Então o passado abre o marcador.

O mesmo fenômeno do milagre da multiplicação que se dá com os bares, acontece com as baladas, leia-se aqui as baladas ‘boêmias malditas’, que acho que logo ficará claro de que tipo são. Pipocam novas casas como as que meu companheiro citou anteriormente, e realmente algumas delas valem muito a pena. Recentemente conheci a Berlin, na Barra Funda, e gostei bastante, apesar da maioria das bandas que tocam lá serem horríveis, com o perdão da franqueza porque estou longe de ser um grande músico. Mas elas estão longe de terem o charme das saudosas Retrô, Aeroanta e Madame Satã, onde já vi o sol nascer e os vampiros correrem para seus caixões para não virarem cinzas.
Quanto ao valor da música eletrônica, isso nem deveria merecer comentários, mas como não agüento omitir-me em face a tão grave assunto... ... ... ...sem comentários! Acho que fui claro, certo?

Pelo que expus até aqui, já dá pra se ter uma noção do que penso a respeito do terceiro tópico, música. A possibilidade de colocar seu trabalho no mundo e divulgá-lo livremente, sem ônus, que temos na atualidade, ao contrário do que poderiam pensar os entusiastas dessa nova forma de mídia, e desta vez incluo-me na turma dos modernosos, pelo menos para esse tipo de mídia não trouxe nenhuma revolução musical, nem no campo estritamente sonoro/estético, nem no campo ideológico. O que temos de mais representativo desse universo são fenômenos da chatice como “Cansei de ser sexy”, entre outros. Claro que temos coisa nova e boa, estava ouvindo umas coisas mais recentes da Nação Zumbi hoje, simplesmente fantástico! Mas é inegável a ‘entressafra’ auditiva que vivemos. Fora a enxurrada de bandas sem sal nem açúcar que nos empurram guela abaixo da gringa, é pouquíssima coisa que se salva.

Enfim, 3M explica muito bem em seu artigo o sentimento quanto as tradições sobre LP e K7 e o que era gostar de música entre 10 e 15 anos atrás. Compartilho quase que integralmente de tudo o que disse nesse campo, então apenas assino embaixo (neste caso, acima). Mas, ao contrário do seu desfecho, não sei se serei tão claro, pois apesar de todo esse meu discurso saudosista radical, gosto de conviver com toda essa lenga-lenga, com todo esse mau gosto e vulgaridade. Afinal, as cousas se reconhecem através de seus opostos, e quanto maiores forem as dores, maiores serão os prazeres.

Urubú

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Crônicas “inrevolucionárias (sic!)” do tempo passando!!!!

Às vezes tenho um estalo e penso se antes era melhor que hoje, acredito após várias discussões entre um ou outro copo de cerveja em bares situados nos bairros paulistanos que ambos podiam ser mesclados criando um lugar próximo ao ideal. Tanto eu com meus 30 anos ou meu companheiro de site de 31 anos não estamos prontos (“ainda!!!!, ufa!!!!”) para idolatrar cegamente a fase brega do Rei Roberto Carlos (conforme a idade vai avançando, o gosto pelas músicas do Rei vai mudando da ótima velha guarda, para a terrível fase pagode/pop/brega”) e velhos demais para sonharmos em ser jogadores de futebol.

Vamos aos fatos,

1º item a ser avaliado: Bares
Hoje a cidade possui uma infinidade de bares prontos para servir os mais diferenciados clientes sedentos por álcool e mordomias. Não me lembro bem como era antigamente, mas sinto que todos eram iguais e com os mesmos nomes: Bar do Alemão, Bar do Luizão, Bar do João (não é jabá, mas vale a pena conferir este bar!!!!), além de todos servirem a mesma cerveja como o mesmo rótulo e o mesmo sabor (acho que era assim nos bares da antiga União Soviética) e os mesmos petiscos. Hoje temos mais de uma infinidade de bares como nomes mais que criativos e às vezes de difícil entendimento. Não que os bares do Alemão, Luizão, e João (olha ele novamente aqui!) tenham desaparecido, mas a modernidade chegou. Outro ponto forte para o descobrimento dos bares nos tempos atuais é que temos trabalho agora, facilitando um pouco o pagamento de uma bebida ou um petisco mais caro. Neste ponto, os bares do tempo atual são melhores mesmo devido à “tecnologia” e o nosso PIB.

2º item a ser avaliado: Baladas
Fomos criados na base de guitarras e mais guitarras, portanto as nossas baladas eram “muitas”: Black Jack, Aeroanta, Retrô e Der Temple (Madame Satã não existia no meu vocabulário na época), é só!!!!!!!!!. Além de ser uma época de muitas emoções, pois fiquem sabendo, não tínhamos carros e usávamos os ônibus para ir. Voltávamos às 5 da manhã quando o transporte iniciava a sua velha rotina.

Hoje, além do carro, temos muitos outros lugares como a Fun House, Outx, Inferno, CB, The Edge (depois de “velho” comecei a dar importância para a música eletrônica, já meu companheiro de site detesta!!!!) e muitos outros lugares que abrem e fecham todos os dias... Neste quesito: a época atual também é muito melhor.

Vejamos o placar: época antiga 0 x 2 época atual.

3º item a ser avaliado: Música: Não começarei o texto escrevendo sobre a época antiga, começarei pela outra ponta. Hoje temos milhares de lojas importando os discos e as rádios tocam quase que ao mesmo tempo os novos hypes dos EUA e da Grã – Bretanha aqui na terra tupiniquim. A internet disponibiliza zilhões de possibilidade de extrair informações sobre música ou propriamente a música (paga ou não, legal ou ilegal). Bem, então já temos o nosso resultado para este item, vitória novamente do tempo atual? NÃO!!!! Pelo menos para mim!!!! Para o meu companheiro, acredito ter a opinião dele (não sei qual é!).

Sinto falta de comprar aquele CD ou aquele LP e escutá-lo até estourar os auto-falantes, pois não existia uma avalanche de informações, eu tinha que dissecar até o último vestígio daquela gravação comprada, tirar cópias em K7 e distribuir aos amigos. Extrair informações das poucas revistas de música, escutar os programas Lado B e Gás Total da MTV ou o programa Clip Trip do Beto Riveira (o 1º clipe do Sepultura eu assisti neste programa! Era assustador o Jesus Cristo crucificado!). Tudo parecia estar ao nosso alcance, nada sairia do controle, teríamos até tempo para escutar os velhos clássicos do rock and roll.

Hoje não consigo lembrar nenhum nome de música dos CDs novos que comprei, ou estou com uma overdose de informação, ou estou ficando velho e com problemas de memória. Mas acredito que o segundo motivo esteja errado, pois consigo me lembrar de vários momentos marcantes de 10 anos atrás com poucos bares, poucas baladas, grandes aventuras e poucos CD’s.

Acredito que o item 3 empatará o jogo, pois tanto na balada como nos bares, nada melhor que reconhecer aquela música que só você conhece. A música está em todos os lugares, até em casamentos, funerais e propagandas políticas.

A minha conclusão é clara, não conseguiria curtir ou ficar maluco sem o passado, presente e futuro.

O lugar ideal não pode ser moldado e resta apenas uma coisa para fazer, me internar numa clínica de reabilitação e me livrar desta overdose de informações.


3M

Dois paulistanos

Somos dois paulistanos, recém chegados à idade balzaquiana, e com bastante coisa em comum. Obviamente com muitas diferenças e uma vasta gama de divergências também. Porém, o que nos leva a produzir juntos neste espaço, como não poderia deixar de ser, são as similaridades de interesses, cada um com sua ótica peculiar e estilo próprio de manifestar suas opiniões e emoções.
A pitoresca alcunha de Boêmios Malditos surgiu meio que naturalmente durante uma conversa entre nós dois, os boêmios, dentro de um trem de metrô, a caminho do centro da cidade. Nada mais inspirador para se idealizar um projeto que tem características (iria dizer objetivo, mas não creio que realmente temos um) completamente urbanas do que uma viagem de metrô a caminho do centrão paulistano. “Boêmios”, parte auto-explicativa do nome, e “Malditos”, por nos vermos sempre a margem da opinião geral.
Enfim, queremos aqui expor idéias, impressões, sentimentos, sentidos, opiniões, gostos, desgostos, discussões, causos, casos, textos, sons e tudo o mais que julgarmos pertinente, e o que julgarmos pertinentemente impertinente. Parece algo muito aberto, e realmente é, e é essa a intenção, pelo menos a inicial. O que procuramos aqui é uma ótica própria (seria muito presunçoso de nossa parte dizer estética) e não uma temática própria.

Ok, mãos a obra então. Divirtam-se! Certamente nós o faremos.


Urubú